Conflito Israelo-Palestiniano

A Segunda Intifada

 A segunda Intifada surge como reacção a uma visita de um líder israelita a um local sagrado muçulmano e sob administração palestiniana. Esta visita foi encarada pelos palestinianos e sobretudo pelos grupos radicais como uma falta de respeito e uma provocação e como tal responderam com ataques á bomba e com o lançamento de rokets em território israelita. Isto veio mais uma vez congelar o processo de paz. Em Israel o governo de Ehud Barak caiu, em 2000, consequência da reacção palestiniana, e em 2001, é eleito Ariel Sharon que como resposta assume uma postura belicista contra estes ataques. Uma vez que os grupos extremistas palestinianos estavam dissimulados entre a população, o exército israelita não evitou atingir alvos civis como militares, vitimando muitos civis e despoletando a revolta noutros países árabes.

Ao longo de 2001 e 2002 continuaram os atentados palestinianos e as retaliações israelitas. Em 2003 os EUA fazem pressão sobre a autoridade palestiniana e exigem reformas dramáticas e a nomeação de um primeiro-ministro independente. Surge assim Mahmoud Abbas, nomeado por Arafat. Surge o plano que ficou conhecido como Roteiro para a Paz, este traduzia-se no desmantelamento dos grupos de guerrilhas, no travar da criação de colónias judaicas e no estabelecimento de um estado palestiniano democrático e pacifico. A primeira parte do plano exigia á autoridade palestiniana que combatesse os grupos extremistas e confiscasse armas ilegais, o que levou a uma luta de facções entre a Fatah partido do governo e os outros partidos como é exemplo o Hamas. Abbas pede a estes grupos que cessem os ataques contra Israel, mas este apelo não tem qualquer efeito.

Em Junho de 2003 é declarado um armistício temporário para um prazo de 45 dias, cessão os ataques contra Israel por parte do Hamas e da Jihad Islâmica. Apesar disto os ataques suicidas continuaram e as operações israelitas em território palestiniano também.

Os ataques mútuos continuaram e em Setembro de 2003 Abbas demite-se e é substituído por Ahmed Korei.

Como forma de resposta à continuação dos ataques Israel dá inicio à construção de uma barreira que tem como fim proteger a integridade do território israelita e separar fisicamente os territórios palestinianos.

Israel acusa a Síria e o Irão de financiarem os grupos extremistas palestinianos e como resposta após um atentado bombista, bombardeia uma alegada base de treino na Síria.

    Em 2004 numa tentativa de melhorar a situação Sharon propõe a evacuação dos colonos judeus da Faixa de Gaza o que causa grande divergências nos partidos israelitas e na opinião pública que considera esta retirada como uma recompensa pelo terror causado pelos atentados palestinianos.

Os confrontos continuam e as mortes civis suplantam as mortes militares, apesar disso continuam as incursões e é morto um dos líderes do Hamas.

A 18 de Maio dá-se a operação arco-íris que se propunha a um ataque alvos palestinianos para destruir a algumas bases de onde eram lançados mísseis e também para eliminar túneis utilizados para fazer entrar armamento e outros bens em território palestiniano. Como resultado temo a morte de 40 militantes do Hamas e 12 civis. A destruição causa e as mortes levaram a uma manifestação que matou 10 palestinianos, estas mortes tiveram um repercussão mundial e a um clamor pela paz.

Em 29 de Setembro surge uma nova operação, esta dava pelo nome de operação dias de penitência e tinha como objectivo a eliminação de bases que serviam de lançamento de mísseis no norte da Faixa de Gaza. Esta operação terminou no dia 16 de Outubro, com uma destruição generalizada e com a morte de 100 palestinianos.

A 11 de Novembro, morre Arafat, exilado em Paris.

Mahmoud Abbas lidera agora a Fatah e é eleito presidente, apela mais uma vez ao cessar-fogo, mais uma vez sem qualquer efeito.

Em 8 de Fevereiro de 2005 é declarado um cessar-fogo entre Israel e a Autoridade Palestiniana que incluíam também o Egipto e a Jordânia. Apesar disto os grupos extremistas não respeitaram mais uma vez o acordo. Em 13 de Fevereiro Abbas inicia conversações com os líderes do Hamas e da Jihad na tentativa de os sensibilizar e os convencer apoia-lo no cessar-fogo, mas em vão.

Em 25 de Janeiro de 2006, realizam-se eleições na palestina para o Conselho Legislativo Palestiniano, o Hamas conquista 46 lugares e o direito a formar governo. Este partido é considerado terrorista pelas autoridades dos EUA e pela EU, o que leva ao congelamento dos fundos internacionais por ser proibido o financiamento de grupos terroristas.

Como resposta à morte de membros de uma importante família palestiniana o ataques voltam a intensificar-se. No decorrer dos mesmos dão-se as retaliações militares israelitas e estes ameaçam cortar o fornecimento de água e electricidade.

Termia a Segunda Intifada mas os confrontos continuam.

A 26 de Novembro 2008 é assinada uma trégua entre Israel e a Autoridade Palestiniana, que era controlada pelo Hamas. Apesar disto continuaram os confrontos. Em 27 de Dezembro voltam a intensificar-se os confrontos em Gaza, Israel lança mais uma operação que dá pelo nome de operação chumbo mais uma vez o seu objectivo é atingir membros do Hamas e infra-estruturas utilizadas para o lançamento de rokets sobre Israel. Esta operação ficou conhecida pelo mundo árabe como massacre de Gaza. Em 17 de Janeiro de 2009 volta a existir um cessar-fogo, as tropas israelitas retiram do território e os ataques palestinianos diminuem de intensidade. Apesar disso Israel não os considera como um quebrar da paz.

Picture
Picture
Picture