Conflito Israelo-Palestiniano

     1920 - 1945 (Mandato Britânico da Palestina)

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  Em 1920, a Conferência de San Remo, assente em grande parte no Acordo Sykes-Picot (acordo anglo-francês de 1916), concedia ao Reino Unido a área que actualmente constitui a Jordânia, a área entre o Jordão e o mar Mediterrâneo e o Iraque. A França recebeu a Síria e o Líbano.
             O Mandato Britânico da Palestina foi um território no Médio Oriente que até à Primeira Guerra Mundial era dominado pelo Império Otomano.                                                    
             Foi formado durante a maior parte da sua história pelo actual Estado de Israel e pelos Territórios Palestinianos. Este território pertenceu previamente ao Império Otomano, mas a Sociedade das Nações atribuiu a sua administração ao Reino Unido após a Primeira Guerra Mundial, com o estatuto de território sob mandato. Embora a Grã-Bretanha administrasse a Palestina de facto desde 1917, o Mandato entrou em vigor em 1922 e expirou em Maio de 1948, com a fundação de Israel.
      
Este mandato possuía condições semelhantes à Declaração Balfour. A população da área nessa altura era, predominantemente muçulmana, enquanto que na maior área urbana da região, Jerusalém, era maioritariamente judaica.                       
                                             
            O líder religioso muçulmano Mohammad Amin al-Husayni opôs-se à ideia de transformar parte da região da Palestina num Israel, contrapondo-se a qualquer forma de Terra de Israel. Durante a década de 20 do Século XX, as tensões aumentaram dando lugar a episódios de violência tais como as revoltas de Nebi Musa em 1920 e as revoltas de Jaffa em 1921. Para satisfazer os árabes e devido à incompetência britânica para controlar a violência instalada no Mandato, foi criado, em todos os territórios a leste do rio Jordão, o semi-autónomo Emirado Árabe da Transjordânia (correspondente a cerca de 80% do território do Mandato). Apesar disso, a violência continuou a aumentar durante as décadas de 30 e 40, resultando em perdas de vidas em ambos os lados. Factos marcantes desse período foram o Massacre de Hebron de 1929, as actividades da organização islâmica Mão Preta, a Grande Revolta Árabe (que decorreu entre 1936-1939), os ataques realizados pelo grupo terrorista Irgun, os massacres como o de Ein al Zeitun e o atentado
do Hotel Rei Davi em 1946.